Fim da Meta Spark: filtros faciais do instagram serão eliminados em 2025

Evelyn Guarnieri

Segundo a Revista TPM, A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou que a Meta Spark, ferramenta para usuários criarem os próprios filtros faciais, está com os dias contados. O time afirma estar “priorizando investimentos em outras áreas”. As atividades da plataforma se encerram em janeiro de 2025, mantendo apenas os efeitos de realidade aumentada da própria Meta. Ou seja: daremos adeus aos filtros de interações divertidas – de enquetes, memes, cores e frases –, mas também aos que afinam o nariz, aumentam a boca, clareiam a pele, mudam a cor dos olhos e por aí vai.

A Meta Spark é uma ferramenta de realidade aumentada implantada em 2017 que surgiu para competir com o Snapchat, que se tornou o aplicativo mais baixado na época principalmente por oferecer a funcionalidade. Desde então, a tecnologia avançou e intervenções cada vez mais realistas passaram a surgir dentro das telas de celular, tornando as imagens que circulam na rede cada vez mais distantes da vida real. De acordo com um estudo de 2021 da ParentsTogether, organização sem fins lucrativos que dialoga com 2,5 milhões de pais nos Estados Unidos, 48% dos adolescentes relataram usar filtros de beleza ao menos uma vez por semana. Um em cada cinco disse aplicar em todas as postagens no Instagram e 61% afirmaram que os filtros de beleza os fazem se sentir piores em relação a sua verdadeira aparência.

Segundo documento da Meta, publicado pelo The Wall Street Journal em 2021, a gigante de tecnologia sabe como os filtros de modificação estética podem ser prejudiciais, principalmente para mulheres jovens. Na época, o jornal revelou que “32% das adolescentes entrevistadas disseram se sentir ainda piores em relação a seus corpos quando olhavam o Instagram” e “entre as que relataram pensamentos suicidas, 13% das britânicas e 6% das norte-americanas acabaram conectando o problema à mesma rede social”.

Ainda que a suspensão tenha sido anunciada por questões financeiras e não acabe com todos os filtros, dá pra ter esperança de que o feed vai ficar um pouco mais real — e as neuroses, consequentes da pressão estética estimulada pela digitalização dos nossos rostos, menores?

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Segundo a Revista TPM, A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou que a Meta Spark, ferramenta para usuários criarem os próprios filtros faciais, está com os dias contados. O time afirma estar “priorizando investimentos em outras áreas”. As atividades da plataforma se encerram em janeiro de 2025, mantendo apenas os efeitos de realidade aumentada da própria Meta. Ou seja: daremos adeus aos filtros de interações divertidas – de enquetes, memes, cores e frases –, mas também aos que afinam o nariz, aumentam a boca, clareiam a pele, mudam a cor dos olhos e por aí vai.

A Meta Spark é uma ferramenta de realidade aumentada implantada em 2017 que surgiu para competir com o Snapchat, que se tornou o aplicativo mais baixado na época principalmente por oferecer a funcionalidade. Desde então, a tecnologia avançou e intervenções cada vez mais realistas passaram a surgir dentro das telas de celular, tornando as imagens que circulam na rede cada vez mais distantes da vida real. De acordo com um estudo de 2021 da ParentsTogether, organização sem fins lucrativos que dialoga com 2,5 milhões de pais nos Estados Unidos, 48% dos adolescentes relataram usar filtros de beleza ao menos uma vez por semana. Um em cada cinco disse aplicar em todas as postagens no Instagram e 61% afirmaram que os filtros de beleza os fazem se sentir piores em relação a sua verdadeira aparência.

Segundo documento da Meta, publicado pelo The Wall Street Journal em 2021, a gigante de tecnologia sabe como os filtros de modificação estética podem ser prejudiciais, principalmente para mulheres jovens. Na época, o jornal revelou que “32% das adolescentes entrevistadas disseram se sentir ainda piores em relação a seus corpos quando olhavam o Instagram” e “entre as que relataram pensamentos suicidas, 13% das britânicas e 6% das norte-americanas acabaram conectando o problema à mesma rede social”.

Ainda que a suspensão tenha sido anunciada por questões financeiras e não acabe com todos os filtros, dá pra ter esperança de que o feed vai ficar um pouco mais real — e as neuroses, consequentes da pressão estética estimulada pela digitalização dos nossos rostos, menores?

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